As patologias dos revestimentos em tetos e paredes internas de um imóvel podem, em longo prazo, gerar prejuízos à integridade das edificações e ferir o conceito de habitabilidade, direito básico dos proprietários e/ou usuários das unidades imobiliárias, independente da finalidade do uso.
Além da desvalorização natural do imóvel devido aos aspectos visuais, a base dos revestimentos (alvenaria ou concreto), sem a adequada proteção contra a infiltração, torna-se vulnerável, o que conseqüentemente conduz a sérias deteriorações no interior do imóvel, podendo ser as mesmas de ordem estética ou até mesmo estrutural (em longo prazo, com corrosão das armaduras).
Na cidade de Santos, uma região litorânea com alto índide pluviométrico, a umidade nas paredes e tetos internos com manchas danifica o acabamento de massa corrida e pintura, e o que é mais agrave, além do efeito estético, o comprometimento da habitabilidade, com aparecimento de fungos, bolor e danos a saúde de quem habita e dorme no local.
Tanto as estruturas quanto os ocupantes dos imóveis são vítimas da umidade. Um ambiente úmido e insalubre cheira a mofo e propicia o desenvolvimento de colônias de fungos e bactérias, condições que ameaçam diretamente a saúde dos usuários.
Isso sem falar da possibilidade de inundação das áreas inferiores, com grandes prejuízos aos condôminos. Para a edificação, as consequências mais visíveis da infiltração são a desagregação do revestimento, eflorescências no concreto e em argamassas, deterioração e bolhas de pinturas, e comprometimento da estrutura no longo prazo.
A proteção das estruturas para conter infiltrações de água é condição mínima e necessária a qualquer edificação, independentemente do pavimento em que a infiltração possa se manifestar. O usuário deve exigir que todas as partes da edificação estejam estanques e sem nenhuma manifestação de umidade. A utilização de sistemas impermeabilizantes tem como função principal proteger a edificação, permitindo um aumento da vida útil da construção, garantindo a salubridade dos ambientes e melhorando a qualidade de vida dos usuários.
Fonte de consulta: Eng. Walberto Melarato